terça-feira, 30 de outubro de 2012

Qual força te move para a felicidade?


A  Psicologia Positiva estabelece um campo promissor e de abertura para que as pessoas possam trabalhar sua auto-determinação, construindo bases para serem mais resilientes e felizes.


Happines alegre papel perfurado carinha sorridente


Olá, tudo bem
Vira e mexe devido aos desafios constantes do mundo moderno e estressante, nos inquietamos insatisfeitos com relação a uma parte da nossa vida pessoal e profissional.  

Às vezes, por mais que as coisas caminhem bem no trabalho e com a família, ainda assim, ficamos a refletir as metas ainda não alcançadas, fazemos questão de resgatar sonhos não realizados e começam a chegar perguntas que muitas vezes não conseguimos encontrar respostas. Nesse espiral de negatividade, apontamos sem fundamentos, falhas internas e fazemos autocríticas depreciativas pelo que não conseguimos realizar. Tudo isso contribui ainda mais para o crescimento de uma insatisfação indefinida e prejudicial a nossa saúde mental e, consequentemente somatizando no corpo físico outras ocorrências.  
Quando isso acontece, independente de identificarmos algum problema mais efetivo, pode ser um sinal de que precisamos trabalhar nossa automotivação, criar motivos mais genuínos que nos faça encontrar prazer nas coisas que realizamos trazendo mais humor para o nosso trabalho, flexibilidade, ou seja, mudar algum aspecto do nosso comportamento diário e que isso nos leve a encontrar mais positividade e satisfação naquilo que estamos realizando.  Encontrar mais felicidade no que fazemos.
Uma forma de fazer isso é começar a refletir se estamos usando as nossas forças e virtudes para criarmos expectativas melhores em nossas vidas.  

O psicólogo Martin Seligmam, um dos maiores precursores da Psicologia Positiva - movimento recente dentro da ciência psicológica que visa fazer com que os psicólogos contemporâneos adotem uma visão mãos aberta e apreciativa dos potenciais, das motivações e das capacidades humanas - criou juntamente com Christopher Peterson um sistema capaz de classificar e identificar os aspectos positivos das forças e caráter de uma pessoa. O sistema foi denominado de Manual de classificação de forças e virtudes.

Pelo manual, Seligmam e Peterson dividiram as características emocionas, cognitivas, relacionais e cívicas em seis grupos de virtude, que são: sabedoria, coragem, humanidade, justiça, temperamento e transcendência.
Com isso, a psicologia positiva estabelece um campo promissor e de abertura para que as pessoas possam trabalhar sua auto-determinação, construindo bases para serem mais resilientes.
O termo resiliência é descrito por Oliveira (2001) como: “A capacidade de alguém se recuperar, após ter vivenciado circunstâncias adversas e ameaçadoras tais como guerras, morte de pessoas queridas, doenças graves, maus tratos, abandono na infância e desempredo e, apesar de toda a dor e sofrimentos, conseguir superar o problema e continuar a vida numa linha de desenvolvimento e bem-estar, consigo mesmo e em sua comunidade (OLIVEIRA, 2001. P. 31).
Tudo isso vem mostrando e evidenciado pela psicologia da saúde que muito do que nos acontece, as inquietações e problemas diversos,  surgem pela falta de identificarmos as nossas própria forças e virtudes e por não trabalharmos a resiliência em nossas vidas.
Por exemplo, a paciência e o entusiamo são virtudes muitas vezes esquecidas quando queremos trazer novas expectativas e positivas para nossos projetos pessoais e profissionais.
A paciência, é fundamental e só é alcançada quando nos concientamos das virtudes anteriores, que são: satisfação interior, altruismo, equilíbrio, admiração e respeito.
No caso do entusiasmo,  palavra orginada do  grego en + theos, significa literalmente 'em Deus' -  e atualmente, pode ser entendido como um estado de grande euforia e alegria, refletindo em uma consequente coragem.  Uma pessoa estusiasmada está disposta a enfrentar dificuldades e desafios, não se deixando abater e transmitindo confiança aos demais ao seu redor. O entusiasmo pode portanto ser considerado como um estado de espírito otimista, que contribui para que as pessoas sejam mais felizes.
Ainda, segundo Seligmam, autor do livro “A felicidade autentica”, a felicidade pode aumentar e se estender. Afirma, são características das pessoas felizes aquelas com capacidade de ter uma vida social mais rica e produtiva.  São pessoas que buscam estar com outras pessoas, participando e mantendo ótimos relacionamentos. 
Concluindo, sabendo de tudo isso que tal identificar quais forças e virtudes está trabalhando para ser uma pessoa mais adaptável, flexível e fazer sua vida mais feliz.
Qual foi a última vez que ligou para um amigo? Você tem procurado criar relacionamentos mais significativos? Se sim, como faz isso? Você é uma pessoa que ri de si mesmo?

Espero que este post tenha ajudado. Se você gostou, comente com a gente e compartilhe. 

Pense sobre isso e um forte abraço.

Vera Lucia Silva
Saiba Mais:
Felicidade autêntica – usando a psicologia positiva para a realização permanente. Autor Martin Seligmam;
ARAÚJO, A. C. A Resiliência in Spinelli, R. Manual de Psicossomática.cap.8 (no prelo,2006)

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