INSPIRACIONAL
Será que estamos vivendo nossas vidas com paixão? Será que estamos aprendendo com as experiências e tirando delas mudanças realmente significativas e adotando comportamentos e atitudes mais flexíveis, justos e nobres diante do inusitado?
Olá amigo, amiga, tudo bem
Resgatei, para compartilhar com você, e fazer a introdução deste post, um artigo da revista Época Negócio de outubro de 2007, escrito na coluna “Memória”, cujo tema é “O legado da Dama de Verde”. O texto trata-se da belíssima trajetória de Anita Roddick. Para quem não conhece, Anita Roddick foi à fundadora da Body Shop, uma empresa inovadora pelas suas práticas e filosofia, que revolucionou a indústria cosmética tradicional nos anos de 1976, e que levou sua fundadora a transformar-se numa das maiores precursoras do ambientalismo e das causas sociais. Como resultado, a Body Shop que nasceu como uma lojinha do interior da Inglaterra alcançou a reputação de uma das empresas mais respeitadas do mundo – chegando a ter 2 mil lojas em mais de 50 países.
Anita Roddick "Queria viver minha vida com paixão"
Segundo Cynthia Rosenburg (escreveu o artigo), Roddick era dona de uma personalidade “radical” e deu os primeiros passos para levantar o grande movimento da responsabilidade social corporativa – Um dos seus principais legados. A Body Shop usava matérias-primas, apoiava campanhas ambientalistas e fazia negócios com pequenas comunidades fornecedoras em países da África, da Ásia e da América Latina.
Muito além, o movimento ativista e comunicador de Roddick, fez com ela desafiasse a indústria mundial de cosméticos com uma abordagem inovadora sobre a beleza feminina. As mensagens da companhia defendiam que as mulheres deveriam usar seus produtos como instrumentos de promoção da saúde e do bem-estar, e não como meios para conquistar o rejuvenescimento impossível ou padrões de beleza inalcançáveis. (pag.64 da revista). Roddick inspirou e influenciou diversas companhias pelo mundo afora, com seu estilo engajado, politicamente correto e de modo generoso.
A empreendedora Anita Roddick faleceu em 2007 aos 64 anos, vitima de uma hemorragia cerebral e deixou como legado profícuo a – Valorização da mulher; Respeito ao Planeta e Promoção do comércio justo.
Conforme deu para perceber, a trajetória emocionante desta mulher inteligente e de fibra vale comentar muitas coisas, porem, separei dois pensamentos e atitudes que me impactaram positivamente e tenho procurado refletir e trazer para o meu dia-a-dia, no meu trabalho e em tudo que faço quando penso em como me relacionar melhor e contribuir com as pessoas: o primeiro, Anita “Queria viver com paixão” - diz ela: “Minha história começou com uma paixão por Joana d’Arc. Ela era uma santa que defendia algo. Odiava o conformismo. Sempre falava a verdade.” O segundo, “Só aprendo com experiências”. Afirma: “Para mim, o importante é a experiência. Não sei receber informações de modo cerebral. Tem que ser pela experiência. Então eu me obrigo, de tempos em tempos a fazer coisas que considero extraordinárias”.
Outro gancho interessante desta história, podemos refletir sobre os verdadeiros valores que trazemos dentro de cada um de nós, que nos mobiliza a querer mudar o mundo, a mudar a própria história pessoal, nos motivando a reformular comportamentos e atitudes e a propor mudanças positivas para o nosso entorno, alcançando não somente pessoas que dependem de nós.
No meu ponto de vista, em meio esta caminhada tumultuada pelos inúmeros modelos e papeis que representamos no campo profissional: seja pela necessidade de satisfazer o cliente, competição pelo melhor posicionamento da marca da empresa e competição para ocuparmos os melhores empregos e cargos dentro destas mesmas empresas, só para citarmos alguns, isto tem nos causado um grande desconforto, e deveríamos fazer uma verdadeira reforma de dentro para fora, refletindo exemplos de vida como da própria Anita Roddick.
Esta é a questão: Será que estamos vivendo nossas vidas com paixão? Será que estamos aprendendo com as experiências e tirando delas mudanças realmente significativas e adotando comportamentos e atitudes mais flexíveis, justos e nobres diante do inusitado. Será que pensamos em mudar o mundo em vez de querer mudar as pessoas? Será que estamos deixando para nossos filhos, amigos e conhecidos um legado e que vale a pena ser cultivado até mesmo pelas futuras gerações? Será que estamos trazendo para o nosso mundo real os nossos verdadeiros valores e potencial como ser humano que somos? De repente podemos estar deixando o barco nos levar, em vez de tomar o timão com força e reprogramar o caminho sobre as águas, atuando com o que temos de melhor: nossa vontade de fazer diferente.
Segundo a psicóloga Cintia Soares que aborda no seu artigo - O despertar dos potenciais humanos - “Necessitamos livrar-nos de hábitos antigos e indesejáveis, que são a causa principal do desconforto em que vivemos.” Soares refletiu questões acerca da alegria, do desapego, da sabedoria, da afetividade e da liberdade. Define que a melhor opção é escolhermos valores autênticos e que estes orientem a nossa vida.
Concluindo, é percebível que algumas pessoas traçam suas vidas com dignidade e entusiasmo único, sendo capazes de transformar concepções de toda uma geração no mundo dos negócios, tornando-os mais humano na sua única forma de fazer, apenas pelo exercício do bem-estar. Em outras fronteiras de pensamento, também é possível transitar em nós mesmos e vermos auto-revelado nossas boas virtudes a partir do momento que formos modificando de modo positivo, consciente e contínuo nossas atuações e relações.
E você, o que pensa a respeito deste assunto?
Qual a sua paixão?
Quais valores e experiências tem trago mudanças significativas para sua vida?
Como gostaria de mudar o mundo?
pense sobre isso.
Vera Lucia Silva
Vera Lucia Silva
Saiba mais:
Artigo Revista Época – “O legado da dama de verde” Por Cynthia Rosenbur / 2007 (pag. 62 a 68)
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