Há muito tempo que o
termo Resiliência saiu dos estudos da física e da engenharia para
adentrar de vez nas áreas e atividades que incentivam desenvolvimento humano e
comportamental, como por exemplo, mudanças de atitudes pela prática do bom
Humor.
Um dos grandes precursores, no estudo
da Resiliência na área da Psicologia Positiva, que traz esta
ideia vem do psicólogo americano Martim Seligman.
Quer saber mais sobre este assunto?
Continue lendo o nosso artigo até o
final.
Psicólogo Martim Seligman
Um dos precursores da Psicologia Positiva
Seligman, da escola de humanismo,
resolveu reverter a ideia de que para tratar da saúde deveria focar apenas em
diagnósticos baseados na hereditariedade é históricos de doenças, e pelo
contrário, tentar entender porque pessoas que passaram por adversidades e vivem
em meio a grandes dificuldades, ainda assim, buscam a superação, são
pessoas alegres, motivadas a seguir em frente e conseguem, em certas situações,
serem muito mais felizes.
Para o psicólogo, parte deste
comportamento, certamente está no fato dessas pessoas serem mais Resilientes,
ou seja, são mais flexíveis e ajustadas, desenvolvendo suas forças e virtudes,
através da gratidão e reconhecimento de que a vida oferece muito mais.
O conceito de Resiliência provém do latim, - resílio – re – silie - que
significa “saltar para trás” ou "voltar ao estado natural”.
Com esta
importante contribuição, a Psicologia Positiva de Seligman nos ajuda a
entender, identificar e a desenvolver habilidades e comportamentos, que
formam caráter, forças e virtudes mais potencializadoras.
Como praticar atitudes resilientes?
Penso, que desenvolver atitudes resilientes, é como observar um copo preenchido com
água, pela metade. As pessoas que desenvolvem atitudes positivas,
consequentemente, estão praticando o
habito de ser resilientes, elas
sempre procuram enxergar o copo como
“meio cheio”, em vez de “meio vazio”.
Como exemplo, pense naquela pessoa que é convidada para ir a uma festa e chegando no local,
ela olha uma garrafa de refrigerante e vê que está pela metade. Se ela for um
pessoa que não conhece, não interessa e nunca pensou em ser resiliente, pode
ser que ela provavelmente vá dizer “Puxa, esta festa não tá com nada, até o
refrigerante está acabando!”. Porem, se ela está mais atenta, sabendo que é possível
desenvolver atitudes positivas, mais adaptáveis e que a levem a ser mais resiliente diante da vida,
ela muito possivelmente dirá: “Nossa que festa bacana, e chegamos na hora
certa, ainda tem refrigerante!”.
Bem
diferente do primeiro comportamento, não é mesmo?
Afinal, o que o bom humor tem a ver
com a assertividade e a resiliência?
O Bom humor pode levar as pessoas a
serem mais assertivas diante da vida e, consequentemente mais resilientes elas se
tornam.
Inúmeras
pesquisas já comprovaram que pessoas mais bem humoradas, são pessoas mais
saudáveis e que desenvolvem atitudes que lhe permitem encarar a vida de uma
forma muito mais leve. Seja no trabalho,
no atendimento ao cliente (setor pra lá de estressante), relacionamento com
colegas ou mesmo no convívio com a família, são pessoas que acabam apresentando
uma reserva maior de energia e com isso, se saem melhor para enfrentar e
desenrolar os conflitos rotineiros.
Segundo o
dicionário, o humor é um estado de
ânimo cuja intensidade representa o grau de disposição e de bem-estar
psicológico e emocional de um indivíduo.
As pessoas que exercitam conscientemente
a atitude de estar bem pelo bom humor, conseguem na maioria das vezes, desenvolver
comportamentos assertivos e resilientes.
Conforme,
se esforçam para lidar com o outro de modo sincero, transparente, buscando para
isso sentimentos que também expressem seu lado verdadeiro e bem humorado,
certamente, conseguirão fazer trocas muito mais alegres. Isso também significa
estar desarmado e consegue ser mais assertivo na sua comunicação.
Com
efeito, o ganho da assertividade em alinhamento ao bom humor, é enorme!
Pessoas
que, naturalmente já integram o estado de bom humor com atitudes assertivas, também
desenvolvem um raciocínio mais rápido, visto que liberam o lado direito do cérebro,
- o emocional, para agir e construir
suas ideias. Com isso, acabam tomando decisões importantes de forma bastante simples,
visto que já são acostumadas a ter a visão do todo. A visão holística.
E
sabe por que isso acontece?
Porque
não ficam matutando no que o outro vai pensar das suas ideias. Se rirem dela,
ela vai dar um jeito de rir junto, visto que as pessoas assertivas não vivem
buscando opiniões contrárias o tempo todo e são as primeiras a aprender a rir
de si mesmas. Se a criticarem, vai buscar receber as críticas como oportunidade
de melhorar seus conceitos e crescer com elas. Se não concordarem com ela, irá
procurar uma forma de compreender e entender como os outros pensam. Porem,
deixando claro que se trata da sua opinião. Se não for possível dizer “sim”, fará esforço
para dizer um “não”, de forma que a outra pessoa perceba que não está contra
ela, apenas expondo a sua vontade. A pessoa quando tomada por comportamentos
assertivos, embora não seja assim o tempo todo, na maioria das vezes busca
interagir sem ser ofensiva ou mesmo agressiva, independente da sua posição ou status
social.
Igualmente,
pessoas que buscam desenvolver seu bom humor, sendo mais agradáveis, cordiais e
gentis, primeiro procuram estar bem e
resolvidas consigo mesmas e assim, conseguem inspirar outras pessoas e não impõem
o seu jeito de ser. Elas são vistas como
pessoas muitas vezes simpáticas, de fácil relacionamento e convívio, o que
certamente, contribui e muito para o reconhecimento dentro da equipe, para o crescimento
no seu trabalho e diante de projetos pessoais.
Por
tudo isso, todos nós temos condições de desenvolver outros potenciais, podemos ir
em frente, procurando através do bom
humor, construirmos comportamentos assertivos
e alcançar o trunfo de sermos também, mais resilientes
(ultrapassarmos os obstáculos e desafios) e no final, sermos muito mais felizes.
Que
tal refletirmos juntos sobre isso?
Afinal,
como você tem feito para cultivar estados de bom humor?
Você
tem realmente conseguido dizer “não”, sem se sentir culpado?
Você
sabe dizer quais atitudes tem tomado, que evidenciam comportamentos mais
adaptáveis?
Pense nisso.
Forte abraço e Sucesso J
Vera Lucia Silva